Rondônia deve ter aumento na produção de soja e milho neste ano, segundo projeção divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nesta terça-feira (10).
Isso porque foi registrado um aumento de 13,8% na área plantada da soja e o milho teve aumento de 7,4%.
"Essas produções foram capitaneadas e puxadas pela forte demanda do produto para transformação em proteína, para alimentação animal e principalmente pelos patamares elevados dos preços vivenciados tanto no mercado interno quanto externo", explicou Rosemberg Pereira, superintendente da Conab em Rondônia.
Soja
A qualidade do produto colhido foi considerada boa pela Conab
A colheita da segunda safra terminou em junho, já que plantas vivas de soja não podem existir nos campos a partir de 15 de junho, que coincide com o período de vazio sanitário no estado. Com isso, os produtores dessecam as lavouras até essa data para colher logo em seguida.
A qualidade do produto colhido foi considerada boa pela Conab, principalmente a produção da segunda safra que, apesar de ser menor, tem qualidade dos grãos superior à primeira safra, dadas as características climáticas.
O levantamento aponta um aumento de 13,8% na área plantada da soja no estado, totalizando 396 mil hectares, com produção próxima a 1,3 milhão de toneladas.
Milho
Já o milho teve aumento de 7,4% em área plantada, ou seja, aproximadamente 212 mil hectares entre a primeira e segunda safra, com produção de 1,7 milhão de toneladas.
O aumento dessa cultura, segundo o estudo, veio acompanhado pelo investimento em insumos, como: sementes, calcário e fertilizantes, além do clima que contribuiu para o plantio na região do cone sul do estado, onde concentra a produção de grãos.
Os dados publicados também confirmaram a redução na área plantadas das culturas de arroz e feijão em Rondônia, sendo que o arroz teve redução de área plantada em 13,4% e o feijão teve área reduzida em 15,4%.
Na segunda-feira (9), especialistas alertaram sobre os prejuízos do aquecimento global para a agricultura brasileira, após a publicação de um relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês).
O documento indicou que a temperatura global pode subir de 1,5°C a 2°C neste século, caso não haja uma forte redução nas emissões de gases de efeito estufa e que os seres humanos já são responsáveis por um aumento de 1,07°C na temperatura do planeta.
Esse cenário aumentou a chance de eventos climáticos extremos desde 1950, incluindo a frequência da ocorrência de ondas de calor e secas em escala global, que podem reduzir a produção de alimentos e dificultar o planejamento dos produtores. Saiba mais.