O presidente Jair Bolsonaro foi recepcionado pelo presidente russo Vladimir Putin no Kremlin, a sede do governo russo em Moscou, nesta quarta-feira (16). Sentados um ao lado do outro, e sem o uso de máscara, os chefes de Estado tiveram uma breve conversa sobre as relações diplomáticas e comércio bilateral.
Putin destacou as reuniões entre os ministros da Defesa e Relações Exteriores dos dois países e afirmou que há um movimento de retomada das relações diplomáticas, interrompidas pela pandemia.
"É uma alegria receber o presidente Bolsonaro nessa primeira visita à Rússia. Nós trabalhamos ativamente nos fóruns internacionais e, apesar de todas as restrições no ano passado, o crescimento do nosso comércio bilateral registrou uma alta de 87%. Espero que nosso encontro seja produtivo. É muito importante porque o Brasil é nosso principal parceiro na região da América Latina", disse o presidente russo.
Em resposta, Bolsonaro afirmou estar "à disposição" da Rússia. "Somos solidários à Rússia. Temos a colaborar em várias áreas: defesa, petróleo e gás, agricultura, e reuniões estão acontecendo. Tenho certeza que até mesmo essa passagem por aqui é retrato para o mundo que nós podemos crescer muito nas nossas relações bilaterais".
Bolsonaro também agradeceu o indulto que Putin concedeu ao motorista Robson Oliveira, brasileiro que ficou preso durante cerca de dois anos e meio na Rússia.
Mesmo ciente dos riscos da viagem em razão da iminente ameaça de invasão das tropas russas no país vizinho, Bolsonaro decidiu manter a visita para atender a um convite feito por Putin.
Durante a homenagem, Bolsonaro entregou uma coroa de flores com folhas verdes, azuis e amarelas, cores da bandeira do Brasil. O local é símbolo da vitória da União Soviética na guerra. O império, que tinha a Rússia como principal país, durou entre 1922 e 1991, e representou o bloco comunista do mundo, regime que é criticado por Bolsonaro.
A solenidade teve honrarias militares e execução do hino nacional brasileiro pela banda do Exército russo. Estavam presentes os ministros Carlos França (Relações Exteriores), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Braga Netto (Defesa), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência) e Bento Albuquerque (Minas e Energia).
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