Em sua coletiva de imprensa diária, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, também negou que a pandemia tenha acabado e enfatizou que o que Fauci quis dizer é que agora está em uma fase "diferente", com um número "relativamente baixo" de infecções.
Em sua entrevista original à PBS, Fauci havia afirmado que globalmente "não há dúvida de que a pandemia continua", pois, segundo explicou, ainda acontecem contágios muito rápidos e de forma ampla em diferentes partes do mundo.
Segundo dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), os novos casos diários de Covid-19 nos EUA não ultrapassaram 60 mil em abril, após o pico causado pela variante Ômicron no último mês de janeiro, quando milhões de novas infecções por dia eram registradas.
Da mesma forma, o número de mortes pela doença apresenta uma tendência de queda, com menos de 500 por dia, e até mesmo com cifras abaixo de 100 em alguns dias.
Durante a entrevista à PBS, Fauci também foi questionado sobre a eficácia de um tratamento que o governo americano adotou no tratamento da Covid-19, as pílulas antivirais Paxlovid, da farmacêutica Pfizer.
O epidemiologista salientou que "é uma terapia altamente eficaz" e que em ensaios clínicos ficou demonstrado que 90% dos voluntários a quem foi administrado este tratamento ficaram protegidos de um agravamento da doença e de acabarem hospitalizados.
Por fim, Fauci comentou que o governo tem muitas doses disponíveis e que há locais onde a pessoa pode ser testada para Covid e, se o resultado for positivo, receber a Paxlovid imediatamente, tal como foi feito pela vice-presidente americana, Kamala Harris, que confirmou na última terça-feira (26) que estava infectada.