A 22ª edição da Copa do Mundo será disputada em um lugar único. O Catar, é verdade, fica localizado na Ásia, continente que recebeu a edição de 2002, que aconteceu na Coreia do Sul e no Japão. O país, no entanto, está situado no Oriente Médio, região de pouca tradição no futebol e que nunca abrigou um torneio de tamanha importância. Até o momento, a Europa foi quem mais recepcionou o campeonato: 11 vezes. Na sequência, aparece a América do Sul, com 5 campeonatos. América do Norte (3) e África (1) completam a lista de continentes que já sediaram a badalada competição. Para os torcedores da seleção brasileira mais supersticiosos, a escolha do Catar pode ser vista como um bom sinal. Dos cinco títulos obtidos pela Canarinho, quatro foram comemorados longe da Europa. O lado negativo é que a Argentina, bicampeã, festejou suas conquistas fora do Velho Continente.
Devido às altas temperaturas que atingem o Catar na metade do ano, a Copa do Mundo de 2022 será realizada entre 20 de novembro e 18 de dezembro. O Mundial, assim, será jogado pela primeira vez no fim de um ano. Tradicionalmente, a competição da Fifa é disputada em maio, junho ou julho, meses em que as temperaturas estão agradáveis na Europa e num inverno não tão rigoroso na América do Sul.
Nas últimas duas edições, a Copa foi sediada em dois países de dimensões continentais: Rússia e Brasil. Desta vez, porém, a Fifa decidiu fazer o caminho inverso, levando o Mundial para a menor sede de todos os tempos. Com apenas 11.571 km², o Catar tem a metade do tamanho do Sergipe, o menor Estado do Brasil. Minúsculo, o emirado conta com oito estádios, sendo que o mais distante fica localizado em Al Khor, apenas 35 km de distância para o centro de Doha.
Impedimento semiautomático
Fifa utilizará tecnologia semiautomática para detectar impedimentos na Copa
Em 2018, a Copa da Rússia trouxe como novidade a implementação do VAR. A partir deste domingo, 20, a Fifa tenta usar o Mundial do Catar para consolidar o uso do impedimento semiautomático. Testada na Copa nas Nações Árabes e no Mundial de Clubes de 2021, a ferramenta aprovada pela IFAB permite estabelecer, em tempo real, a posição dos jogadores e da bola, reconhecendo a irregularidade de jogada de forma automática, sem substituir a avalição dos árbitros.
Cinco substituições
Por causa da pandemia do novo coronavírus, a International Board flexibilizou a regra de substituições, passando de três alterações para um máximo de cinco por time, em medida considerada temporária. Após dirigentes, treinadores até jogadores aprovarem a mudança, o órgão decidiu, nesta temporada, tratar a mudança como definitiva. Assim, esta será a primeira Copa do Mundo com até cinco trocas de atletas por jogo.
Convocações com 26 jogadores
Outro fato novo para a Copa do Mundo é o aumento da lista de convocados de 23 para 26 atletas por seleção. A medida, adotada no pico da pandemia, foi adotada pela Uefa na última Eurocopa. A ideia da Fifa é que os treinadores tenham mais opções em um torneio curto, disputado no calor intenso e no meio da temporada europeia.
Última com 32 seleções
O Mundial do Catar será o último com 32 seleções brigando pela tão cobiçada taça. A partir da Copa de 2026, marcada para acontecer nos Estados Unidos, México e Canadá, o torneio abrigará 48 países. Ao longo da história da competição, a Fifa alterou as regras sobre a quantidade de participantes em diversos momentos. O modelo atual, no entanto, estava em vigor desde a edição de 1998, disputada na França. De acordo com a entidade que rege o futebol, a ampliação visa tornar o campeonato mais “democrático”. O “impacto financeiro” e o melhor “potencial comercial” também são apontados como motivos para a alteração.
Quantidade de seleções por edição da Copa:
- 13 seleções – 1930 e 1950
- 16 seleções – 1934 e de 1954 a 1978
- 15 seleções – 1938
- 24 seleções – de 1982 a 1994
- 32 seleções – de 1998 a 2022
- 48 seleções – 2026