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PF conclui que Bolsonaro cometeu crime por associar Covid ao HIV e desestimular uso de máscaras
Informativo Covid 19
Publicado em 28/12/2022

Em inquérito encaminhado ao STF, a corporação ainda afirma que o presidente não prestou depoimento mesmo sendo notificado

 
  • BRASÍLIA Bruna Lima, do R7, em Brasília

  • O inquérito apurou as falas do presidente durante uma transmissão ao vivo em 21 de outubro — vídeo que foi retirado do ar dias
  • depois. Na ocasião, Bolsonaro associou a vacinação da Covid a um risco maior de contrair o HIV, vírus causador da Aids, o que
  • é uma informação cientificamente falsa. 
  • Segundo a PF, além dessa associação, o presidente promoveu a desinformação de que "as vítimas da gripe espanhola teriam,
  • na verdade, morrido em decorrência de pneumonia bacteriana, causada pelo uso de máscara".
  • No documento, a PF ainda afirma que, mesmo notificado para prestar depoimento no âmbito do inquérito, Bolsonaro não compareceu às oitivas. O relatório foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes. A Polícia Federal chegou a pedir autorização de Moraes e do STF para indiciar Bolsonaro, mas, como não obteve resposta, finalizou o relatório apenas sugerindo o indiciamento, mas sem efetivá-lo. 

    Além do crime, Bolsonaro teria cometido contravenção penal por, supostamente, provocar alarme "anunciando desastre ou perigo inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto".

  • Como não tem foro privilegiado, o ajudante de ordens Mauro Cid, que auxilia o presidente a produzir o material para as lives, foi indiciado pelo crime e pela contravenção penal. A conclusão da PF é que ele também cometeu os mesmos atos do chefe.

    Pelo inquérito, Bolsonaro teria, "de forma direta, voluntária e consciente, disseminado as desinformações produzidas por Mauro Cid, causando verdadeiro potencial de provocar alarma junto aos expectadores ao propagar a desinformação".

    O inquérito segue, agora, para manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR). No entanto, ao deixar a Presidência, Bolsonaro perde o foro privilegiado e o caso pode ir para a primeira instância. A reportagem acionou o Palácio do Planalto, mas não obteve resposta até a última atualização.

 

 

 

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