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Ditadores Maduro e Ortega fogem de reunião com os poucos aliados que lhes sobraram
Politica
Publicado em 24/01/2023

Os representantes das ditaduras venezuelana e nicaraguense estarão ausentes da reunião da Celac, em Buenos Aires

 
  • INTERNACIONAL Marco Antonio Araujo, do R7

  • Para o cidadão leigo, a primeira viagem oficial de Lula pode aparentar apenas a retomada do diálogo econômico e diplomático com nossos vizinhos sul-americanos e caribenhos. Mas o pano de fundo é muito mais político e ideológico.

    O que o novo governo pretende mostrar é, sobretudo, a retomada de uma estratégia de não alinhamento automático com os EUA, ao contrário do que foi construído no governo Bolsonaro. Nesse cenário, o Brasil assumiria sua natural e histórica liderança, com viés de esquerda.Muitos de nós sabemos o que significa o Mercosul, bloco inicialmente formado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, ao qual se juntaram Bolívia, Chile, Peru, Colômbia, Equador, Guiana e Suriname — além da Venezuela, suspensa em 2018.

    O principal obejtivo desse grupo é criar e fortalecer relações comerciais entre si — para, num segundo momento, estabelecer negócios com países do Hemisfério Sul, incluindo parceiros africanos e asiáticos. Seria uma resposta ao amplo domínio econômico exercido por EUA e Europa. Não por acaso, a União Europeia mantém sobre a mesa um (difícil) acordo com o bloco latino.

    Mas poucos ouviram falar da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), órgão intergovernamental composto de 33 países, criado em fevereiro de 2010. Essa comunidade tem como objetivo manter a cooperação com a União Europeia, a China, a Rússia e a Índia — sempre pondo à frente a conformação de uma identidade regional própria.Esse, sim, é o ponto mais sensível do que está sendo discutido nesta semana, em Buenos Aires. Por ser uma aliança mais ampla, a Celac inclui Nicarágua, Cuba e Venezuela. E vejam só: as duas ausências mais sensíveis na reunião são as dos ditadores Nicolás Maduro e Daniel Ortega.

    Curioso, não? Os dois fujões não ousam participar nem mesmo de uma reunião com os poucos aliados que lhes sobram no mundo. A hipótese que se impõe é que estejam agindo por prudência (ou evidente covardia), sabedores que são dos riscos de segurança que correm em qualquer parte do planeta. Ortega principalmente, pois é acusado de crimes contra a humanidade pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). Pode ser preso.

    Tudo tem seu preço.

 

 

 

 

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