A septoriose, ou mancha parda, causada pelo fungo Septoria glycines, representa uma das primeiras doenças foliares que ocorrem na cultura da soja. A doença pode ser observada na forma de pontuações ou manchas marrom escuras de contornos angulares nas folhas unifolioladas.
Figura 1. Sintomas de mancha parda na cultura da soja.
As lesões podem apresentar pronunciado halo amarelado e a doença pode progredir para as folhas trifolioladas, causando desfolha prematura. A infecção por S. glycines requer molhamento foliar de 6h. A mancha é favorecida por temperaturas entre 15ºC e 30ºC (ótimo de 25ºC) e alta umidade. A disseminação do fungo ocorre principalmente por respingos de chuva associado a vento.
Figura 2. Sintomas de mancha parda na cultura da soja.
Em virtude de o patógeno sobreviver em restos culturais de soja, o cultivo contínuo de soja em sistema de plantio direto pode aumentar a intensidade da doença. As medidas de controle incluem a rotação de culturas e a aplicação de fungicidas dos grupos químicos dos triazois/triazolintiona, estrobilurinas, carboxamidas, benzimidazois e multissítios (clorotalonil, mancozebe e cúpricos). Produtos biológicos, contendo determinadas cepas de Bacillus pumilus, B. subtilis e B. velezensis também foram registrados recentemente para o controle da mancha parda.
Figura 3. Sintomas de mancha parda na cultura da soja.
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