A Johnson & Johnson, fabricante da vacina Janssen, enviará 1,5 milhão de doses de seu imunizante ao Brasil. A quantidade representa metade dos 3 milhões que o Ministério da Saúde havia anunciado.
A mudança foi anunciada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em reunião de comissão sobre a Covid-19 no Senado nesta segunda-feira (21).
“Essas vacinas estavam previstas no nosso calendário para o último trimestre de 2021. Eram 38 milhões de doses. Negociamos com a Janssen e eles iriam antecipar 3 milhões de doses. Lamentavelmente, não foi possível”, afirmou Queiroga. “Mas já antecipo, aqui, que, amanhã, devem chegar no Aeroporto de Guarulhos, 1,5 milhão de doses da Janssen. Vacinas úteis. Essa é dose única que permite imunização mais rápida”, completou o chefe da pasta.
Doação exclusiva
O Brasil ainda pode receber uma doação dos Estados Unidos de 3 milhões de doses desta vacina. As conversas entre os dois governos estão acontecendo há semanas. Fontes do ministério disseram à reportagem que uma definição pode sair ainda nesta semana.
Vacina Johnson & Johnson/Janssen
Foto: Saulo Angelo/Futura Press/Estadão Conteúdo
Pousou na manhã desta terça-feira (22), no aeroporto de Guarulhos (SP), o avião com o primeiro lote de vacinas da Janssen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson, destinado ao Brasil. O carregamento traz 1,5 milhão de doses do fármaco que garante a imunização após uma única aplicação.
"Consituti 1,5 milhão de doses de esperança para o povo brasileiro. Demonstra o acerto da política diversificada para ampliar o acesso da população a vacinação. O Brasil já distribuiu mais de 123 milhões de doses de vacina com a sua população e é um dos cinco países que mais doses de vacina distribui com os seus cidadãos", comemorou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que acompanhou o desembarque dos imunizantes no aeroporto.
Agora com 1,5 milhão de doses da Janssen, iniciamos uma trajetória que culminará nesse ano com o fornecimento de 38 milhões de doses. [Com] a vantagem de ser dose única, conseguimos avançar no nosso programa de imunização", complementou.
O número, no entanto, corresponde à metade das 3 milhões de doses previstas para serem entregues pelo laboratório na semana passada. Na ocasião, a empresa norte-americana alegou que não conseguiu embarcar o carregamento.
O Ministério da Saúde negociou a compra de 38 milhões de doses da vacina, que tem 66,9% de eficácia para proteger contra casos leves e moderados e 76,7% para casos graves da covid-19. O total de imunizantes, no entanto, chegaria apenas no terceiro trimestre.