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Produtora rural troca advocacia pelo campo
Agronegócio e produtividade na Agricultura
Publicado em 25/03/2022
 

Fabíola Magalhães de Araújo Nascimento é advogada e produtora rural, na cidade de Rio Verde, Goiás, onde, com o marido e o sogro, é responsável pela propriedade rural da família. Mas, apesar de hoje sentir orgulho do campo e inspirar outras mulheres atuantes no agronegócio, Fabíola nasceu e passou boa parte da vida na capital, Goiânia, onde sempre trabalhou como advogada. Foi depois de um problema de saúde que ela e o marido decidiram se mudar para Rio Verde e recomeçar lá na advocacia. O que a fazendeira não sabia, é que a cidade lhe reservava uma nova profissão.

“Nós estávamos os dois advogando [em Rio Verde] e eu via sempre minha sogra com algumas necessidades, por exemplo, resolver uma questão de documento, levar alguma coisa, um remédio ou uma peça lá na fazenda e como ela já é mais idosa, eu comecei a ajudá-la a fazer os lançamentos de dados, de nota fiscal, fazer uma compra ou outra. Aí eu fui aprendendo com ela. Tanto que eu dedico isso e sou muito grata ao meu sogro e minha sogra que me mostraram esse mundo. Eu deixei de ser visitante de fim de semana e passei a ser parceira nas soluções das questões da propriedade.” 

Com muito bom humor, Fabíola conta que chegou na fazenda sem saber nada e que, muitas vezes, o marido ria de algum comentário que ela fazia por não entender sobre algum processo. Isso a motivou a buscar cursos e treinamentos na área, uma vez que ela sempre gostou muito de ler e, até quando era criança, quis ser historiadora. Segundo a fazendeira, “conhecimento para mim é algo que me atrai e me seduz”. Entretanto, essa busca pelo aprendizado levou Fabíola para um caminho que ela não esperava: o de inspirar outras mulheres.

“Quando eu cheguei em Rio Verde, eu comecei a procurar pessoas para me auxiliarem e me darem um caminho ou direção de como seguir dentro do agronegócio. Eu conheci várias mulheres que já atuavam no agronegócio e, assim, nós começamos a conversar, nos reunirmos e percebemos a necessidade de ter comissões e associações de mulheres para poder aprender sobre o agronegócio. Atualmente, em Rio Verde, nós temos duas comissões de mulheres ligadas ao agronegócio; em uma eu fui a primeira coordenadora e da outra eu fui a primeira presidente. Hoje, eu sou vice-presidente de uma e secretária da outra. Nessas comissões, nós discutimos sobre o papel da mulher, o papel do agronegócio, sobre sucessão, gestão, psicologia, finanças, imposto de renda, tudo é discutido. E, através das diretorias, nós vamos conseguindo treinamento e formação para essas mulheres.”

 

A participação ativa de Fabíola, não só na gestão da propriedade, mas também nas comissões de mulheres de Rio Verde lhe rendeu, além de muita experiência, um prêmio. Na quarta edição do Prêmio Mulheres do Agro, a fazendeira garantiu o terceiro lugar, na modalidade Média Propriedade.

“A gestão de uma mulher no agronegócio e entre todas as funções em empresas, acredito ser diferente. Não que ela seja melhor que o homem: é que nós temos uma visão muito ampla. Eu consigo estar aqui conversando e observando outras coisas ao meu redor. A mulher tem essa sensibilidade, uma empatia bem latente. Então, isso é um diferencial que nós temos. Existem homens extremamente organizados, profissionais perfeitos, mas eu percebo que nós, mulheres, temos esse diferencial, porque nós somos empáticas, nós temos uma visão ampla, nós conseguimos ver no futuro.”

A produtora rural conta que, mesmo quando morava na cidade, já usava a picape S10 para se locomover, uma vez que ela e a família gostam muito de viajar para lugares distantes e prezam bastante pelo conforto. Agora, que Fabíola está atuando ativamente no campo, ela escolheu a S10 High Country para as tarefas da propriedade, pois precisa, além de conforto e tecnologia, de um veículo que possa trafegar com segurança e eficiência os diferentes terrenos da fazenda.

 

“Mesmo antes de estar atuando no agronegócio, eu tinha uma picape S10, aliás tive duas picapes S10 e, lá na cidade, ela já me auxiliava muito. Eu, meu marido e meus filhos, gostamos muito de viajar de carro e ela era, e ainda é, uma mão na roda para nós. Agora com toda tecnologia, ficou melhor ainda, porque ela me auxilia. Quando estou aqui na fazenda e preciso entrar numa área que está encharcada, por ser tracionada, eu tenho certeza de que ela vai passar e não vou ficar lá sozinha atolada. Uma área que é arenosa, eu também vou conseguir passar. Eu saio daqui da propriedade com ela e vou para cidade, posso sair, posso passear, posso viajar, posso visitar o meu filho fora e ela vai me servir em todos os sentidos.”

 

A história de Fabíola inspirou e inspira mulheres do campo todos os dias, principalmente porque ela, diferente de outros produtores rurais, não nasceu nesse meio. Ela atuava em outra área e, por conta do marido e da sogra, foi se aproximando do agronegócio. Como toda história de mulher no agronegócio, enfrentou obstáculos. Devido à falta de conhecimento, precisou romper muitas barreiras, inclusive a do preconceito. O importante é que ela usou esta situação para provar sua capacidade. Ela não se deixou abater. Quando alguém ria por ela não saber de algo, ela ria também e conta essas histórias até hoje, com ótimo humor. E foi exatamente isso que a motivou a aprender, a ensinar e a inspirar outras mulheres.

“[Tenho] muito orgulho de ser produtora rural, de ser advogada. Eu tenho muito orgulho da minha história e eu tenho orgulho da minha resiliência. Eu acho que isso é muito importante, você se ver e se ver protagonista da própria vida e da própria história e saber que isso pode impactar outras pessoas de forma positiva.”

•Nome: Fabíola Magalhães de Araújo Nascimento

•Idade: 58 anos

•Cidade e estado: Rio Verde, Goiás

•Com o que trabalha no agro? Milho, pecuária bovina, aves e suínos

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