No documento, o parlamentar apresenta uma série de questões objetivas e incisivas, exigindo explicações do poder Executivo estadual quanto à falta de planejamento técnico, um cronograma definido e uma alocação orçamentária para a reativação dos programas. O delegado Camargo também exige clareza sobre quais agências serão responsáveis pela execução, quais critérios serão adotados para atender os produtores – especialmente os agricultores familiares – e quais medidas serão implementadas para evitar que políticas essenciais sejam abandonadas novamente.

A demanda vem após uma audiência pública que destacou a insatisfação e a insegurança vividas pelos produtores de leite em Rondônia. Na audiência, houve consenso entre os representantes do setor de que a interrupção dessas políticas públicas agravou a perda de renda, desencorajou as pessoas a permanecerem nas áreas rurais e enfraqueceu as economias locais que dependem diretamente da produção agrícola. Segundo o deputado, o Estado não pode virar as costas para aqueles que sustentam a base produtiva do interior.
Ao justificar a indicação, o Delegado Camargo destaca que tanto os programas Pro-Leite quanto o Funcafé demonstraram resultados concretos no passado, com aumento da produção, melhoria da qualidade do produto e maior apoio aos pequenos produtores. Segundo o legislador, ignorar essa experiência positiva é repetir erros custosos para a economia do Estado e aprofundar as desigualdades regionais.
Como chefe da Comissão de Supervisão e Controle da Assembleia Legislativa, o deputado se estabeleceu como uma das vozes mais fortes exigindo responsabilidade administrativa e ações efetivas do poder Executivo. Esta nomeação reforça sua postura combativa, utilizando os instrumentos legais do Parlamento para exigir transparência, planejamento e respeito ao interesse público, conforme estipulado pela Constituição Estadual e pelas Regras da Câmara.
Para o Delegado Camargo, a retomada dos programas vai além de uma agenda agrícola: é uma decisão estratégica para o desenvolvimento econômico de Rondônia. “Sem apoio aos produtores, o campo enfraquece, a economia desacelera e a população paga o preço”, reitera o parlamentar. Agora, a expectativa repousa sobre a posição do Governo do Estado de Rondônia, que precisará responder se continuará adiando soluções ou se vai se comprometer verdadeiramente com quem produz e gera riqueza no Estado.
TEXTO: WELIK SOARES
FOTO: CLEITON SOBRAL / FOTÓGRAFO